No mundo em constante evolução da computação em nuvem, o papel de um arquiteto de nuvem é fundamental. À medida que as empresas migram para a nuvem, a necessidade de uma infraestrutura robusta, escalável e segura torna-se fundamental.
Aqui estão 14 coisas essenciais que todo arquiteto de nuvem deve estar ciente antes de embarcar em um novo projeto de infraestrutura.
Função do arquiteto de nuvem no projeto de infraestrutura
Diagramas
Um arquiteto de nuvem deve sempre criar diagramas detalhados que mapeiem toda a infraestrutura, mostrando como os diferentes componentes interagem entre si.
Esses diagramas devem contemplar o mapeamento de rede, as rotas necessárias para garantir a comunicação dos componentes com todos os recursos necessários para o seu funcionamento, as regras de segurança que devem ser criadas, os fluxos de dados e toda a informação necessária para que a infraestrutura seja corretamente construída. A esse(s) diagrama(s) damos o nome de LLD (low level design).
Escala
O dimensionamento é um aspecto crítico da infraestrutura em nuvem. Os arquitetos de nuvem devem projetar sistemas que possam lidar com cargas de trabalho maiores sem comprometer o desempenho.
Testes de carga podem ser executados para determinar qual é a quantidade de requisições que a infraestrutura suporta, bem como quando ela começará a escalar seus recursos.
Manutenção
A manutenção envolve atualizações regulares, patches e garantia de que a infraestrutura esteja funcionando de maneira ideal. Um arquiteto de nuvem deve ser proativo na identificação de possíveis problemas e na solução imediata deles.
E agora, sem mais delongas, as
14 coisas que todo arquiteto de nuvem deveria conhecer
1 – Monitoramento de rede
Como engenheiros de nuvem, otimizar o monitoramento de rede é crucial. Ferramentas como VPC Flow Logs (AWS-GCP) e Azure Monitor (Azure) são inestimáveis para monitorar o tráfego de rede, detectar anomalias e solucionar problemas.
2 – Redundância e recuperação
É essencial lidar com o aumento das cargas de trabalho e garantir uma recuperação rápida. Plataformas como Amazon ECS, AKS ou GKE ajudam na alocação dinâmica de recursos e na garantia de alta disponibilidade e alta performance.
3 – Segurança
A segurança na nuvem não é negociável. Proteja recursos e dados usando AWS IAM, Azure AD e GCP IAM, grupos de segurança, firewalls como serviço e criptografia em trânsito e em repouso para evitar acesso não autorizado e vazamento de dados.
4 – Gerenciamento de custos
Os modelos de preço de provedores de nuvem tendem a ser complexos. A operação financeira da nuvem (FinOps) requer ferramentas como AWS Cost Explorer ou Azure Cost Management. Estratégias como redimensionar instâncias e automatizar o gerenciamento de recursos podem levar a economias de custos significativas. É importante trabalhar com ferramentas como Trusted Advisor da AWS e suas correlatas em outros provedores de nuvem ou com ferramentas agnósticas como CloudHealth.
5 – Governança
A governança da nuvem garante conformidade e segurança. Ferramentas como AWS Organizations, Azure Policy e GCP Resource Manager são essenciais para impor a conformidade e simplificar o gerenciamento.
6 – Otimização de desempenho
O ajuste fino dos bancos de dados e do cache com ferramentas como Amazon RDS, Amazon Elasticache ou Azure Cache for Redis, bem como a utilização de aceleradores de conteúdo (CDN) pode melhorar drasticamente a capacidade de resposta dos aplicativos.
7 – Recuperação de desastres
Ferramentas como AWS Disaster Recovery, Azure Site Recovery e GCP Cloud Deployment Manager são essenciais para replicação de dados e estabelecimento de configurações de failover. Durante as primeiras fases do projeto devem ser definidos com o cliente os dados de SLO, RPO e RTO.
8 – Gerenciamento de dados
Garanta a integridade e o desempenho dos dados usando Amazon S3, Azure Blob Storage ou Google Cloud Storage. Aborde técnicas de particionamento e fragmentação de dados para melhorar a escalabilidade e jamais esqueça-se da criptografia em repouso.
9 – Conformidade
A adesão aos padrões da indústria como a ISO 27001 é crucial. Implemente controles de acesso e criptografia para garantir a conformidade entre plataformas.
10 – Monitoramento e registro em logs
Ferramentas de monitoramento e de trilhas de registro e de auditoria como AWS CloudWatch, AWS CloudTrail, Azure Monitor ou Google Cloud Monitoring são vitais para verificações de integridade do sistema, identificação de ameaças e solução de problemas.
11 – Desenvolvimento de aplicativos nativos da nuvem
Os desenvolvedores devem sempre manter o foco em microsserviços, conteinerização e descoberta de serviços. Utilize AWS Fargate, AWS Lambda, EKS, AKS e Azure Functions e GKE para implantações escalonáveis e ferramentas como DynamoDB, Cosmos DB ou Google Cloud Spanner para armazenamento de dados. Abuse sem moderação dos serviços em nuvem.
12 – Edge computing e IoT
Gerenciar dispositivos de borda e lidar com a sincronização de dados é um desafio. Use o AWS IoT Core, o Azure IoT Hub e o Google Cloud IoT Core para um gerenciamento eficaz.
13 – Processamento e análise de dados
O maior patrimônio das empresas hoje são os dados, e eles são gerados em volumes muito grandes a cada segundo. Estruturas de big data são essenciais. Ferramentas como Amazon Redshift, Azure Synapse Analytics ou Google BigQuery, juntamente com AWS MSK, Azure Event Hubs ou GCP Pub/Sub, são cruciais para processamento e análise de dados em tempo real.
14 – Documentação
Uma documentação robusta e desenvolvida durante a criação da infraestrutura em nuvem é essencial não só como entregável para o cliente, mas para manter o conhecimento do projeto na empresa, de forma que qualquer outro arquiteto de nuvem possa melhorar a estrutura ou aprender com as boas práticas (e os erros cometidos) que usamos no projeto.
Concluindo, a função de um arquiteto de nuvem é multifacetada. Ao manter estes 14 pontos em mente, você pode garantir que os seus projetos de infraestruturas são robustos, escaláveis e seguros, satisfazendo as exigências cada vez maiores da era digital.